AGES - Casos Sobrenaturais

Clarisse Silveri | 23 anos | Agente

Escutava a loirinha em seu colo com atenção, parecia que esse tal Deus estava recrutando uma legião ou exército para aquilo, mas usar uma criança...
_ E onde o Rei se encaixa no que está vindo? Pelo que diz parece que vem algo maior por trás...

Clarisse Silveri | 23 anos | Agente

A perspectiva do que poderia acontecer ficava cada vez melhor, não era apenas um simples e único caso isolado com os AGES atuavam, era algo grande que afetava tudo e todos, se falhassem ali tudo iria se perder, seria destruído e mergulhariam no inferno.
_ E porque ela escolheu logo você para lutar?

Clarisse Silveri | 23 anos | Agente

Enquanto a criança lhe respondia, ela olhava diretamente para o John, pelos céus ele...Ela estendeu a sua mão e apertou a dele, passando o outro braço ao redor de Gem em um meio abraço.
Aquilo era ruim de se imaginar, essa tal Deus não era tão boa afinal, acabou por usar os sentimentos de Gem para alcançar o seu objetivo. Se ela perdeu a alma não teria como ajudá-la e ela era apenas uma criança.
_ Não há mais nada que possamos fazer...?


Beatrice Ives | 21 anos | Fotógrafa

Mantinha a mão de Steven entre as suas, enquanto olhava para a televisão desligada e escutava cada palavra dita pela menor. Como imaginava 'Deus' não era o amor, a salvadora do mundo, ela via todos ali como peças de xadrez que iriam se mover ao seu comando. Mas ela não tinha moral, nem mesmo vontade de protestar contra aquele absurdo, apenas estendeu a outra mão e segurou a mão livre de John, para que ele soubesse que ela estaria por ele, por eles.

Clarisse Silveri | 23 anos | Agente

A pequena deslizou do seu colo para o dele e o abraço, explicando o porque de ter feito aquilo, enquanto John permanecia em cho que com a descoberta. A morena ficou quieta em seu canto, não havia nada que pudesse fazer ou dizer que pudesse aliviar o que ele estava sentindo.


Beatrice Ives | 21 anos | Fotógrafa

A criança deslizou para o colo de John e Bea soltou a sua mão, escutou o que ela disse e se manteve quieta, sentiu os braços de Steven ao redor de si e correspondeu ao abraço apesar de não merece-lo. Sentia por John, seu tio não merecia perder mais alguém, não merecia sentir aquela dor e tristeza mais uma vez, Gem era uma criança e não era justo ela passar por aquilo, não era certo, ela tinha muito para viver. E Steven... Ele...Merecia uma vida tranquila e normal, sem aberrações e pragas ao seu lado, ele tinha que viver...

John Constantine

Sentiu o abraço e fechou os braços ao redor da pequena.
Não podia perdê-la.
Independente se depois não lembraria nem mesmo de que ela nasceu. Gem era sua princesinha, a filha que nunca teria porque é intragável demais para que alguém o suporte tempo o bastante para ele sequer ter a chance de pensar no assunto. Gem era seu anjinho... Ele lembrava de cada aniversário, de cada pequeno machucado, das brincadeiras. John realmente a via como uma filha, e saber que ela se machucaria dessa forma. Que não poderia ajudá-la ou salvá-la... Isso o devastava.
-Não se preocupe, Gem.. - falou -Eu recuperarei sua alma, independente do que isso me custe.. - não iria perder ela também.
-Mas tio John... Como vai me encontrar?
-Não sei. Não sei como, mas eu vou. Apenas espere por mim. - ele falava para a menina -Não precisa sentir medo.
-Tudo bem, tio John. Eu espero por você. - ela afagava o rosto dele como se Constantine é que precisasse ser confortado -Eu não tenho medo, porque tio John sempre vem me salvar.

Clarisse Silveri | 23 anos | Agente

Viu John prometer que resgataria a alma dela e sua preocupação triplicou, mas não podia dizer que ele estava errado em pensar daquela forma, era família dele, um ente querido, se tivesse alguma chance de salvar a sua mãe, ela teria o feito.


Beatrice Ives | 21 anos | Fotógrafa

Ficou um bom tempo naquele abraço, numa tentativa de sentir que ele estava perto, ao seu alcance e que nada o tiraria dela, outra parte para abafar aquela sensação ruim de arrependimento e pesar por ambos.
_ Stell iriei fazer uma ligação, já venho _ disse em tom baixo alguns minutos depois, se soltando devagar do abraço e se levantando, saindo da sala e seguindo direto para o seu quarto, ao atravessar a porta foi direto até uma das gavetas e a procura dos remédios.

Steven Lancaster

A mantinha naquele abraço, ela parecia precisar ser confortada. Porém logo ela se afastava dizendo que precisaria fazer uma ligação.
-Ok.. - disse a soltando com a sombra de um sorriso triste em seu rosto. não conseguia não se sentir mal em relação ao que estava acontecendo com a menininha e seu tio. Aquilo não era apenas triste...
Olhou Gemma e sorriu para ela.
-O que acha de terminarmos aqueles biscoitos e depois eu fazer um chocolate quente pra você? - perguntou para mudar o foco dela para outra coisa, não suportaria ver uma criança triste, ainda mais uma criança naquela idade, o lembrava demais Madeleine.
A menina assentiu e saiu do colo do tio segurando na mão de Steven e indo com ele para a cozinha onde ela havia deixado as coisas antes.
John ficou na sala com Clarisse.
Steven achou que achou que eles precisavam de um momento para os dois.

Clarisse Silveri | 23 anos | Agente

Viu Bea se levantar e se afastar, viu o reflexo estranho e ao mesmo tempo conhecido nos olhos dela, mas não disse nada. Depois de algum tempo Steven convidou Gem para ir fazer os biscoitos e a mesma aceitou, assim que os dois se afastaram ela se aproximou de John e segurou uma de suas mãos e com a outra o fez virar o rosto para ela.
_ John... _ estava explícito a dor e tristeza que ele sentia, e aquilo doía nela, que acabou soltando-o, antes de abraçá-lo fortemente _ Eu estou aqui do seu lado, vou te ajudar, vamos ajudar a Gem.


Beatrice Ives | 21 anos | Fotógrafa

Achou o frasco no fundo da gaveta, se sentou na cama e passou a mão no cabelo, desfazendo o coque frouxo, abriu o frasco e deixou cair na mão tres comprimidos e os engoliu seco, eram remédios para dormir, não iriam funcionar tão cedo, mas serviriam.
Deixou o frasco na cama e foi até a janela, abrindo a mesma e se curvando para fora, sentindo o vento gélido bater contra o seu rosto, inspirou fundo duas vezes e voltou a fechá-la, se agachou ao lado de sua cama, certificando-se que a arma de prata estava presa a emsma, olhou para cabeceira vendo o pegador de sonhos encantado ali, ajudava-a a não ter pesadelos. Foi até o guarda roupa e retirou os casacos da frente, havia uma fissura ali, ela empurrou abrindo as duas folhas da porta e olhando o seu arsenal, havia duas espadas, arco e flechas e algumas armas de fogo e facas. Ela suspirou pesadamente, e fechou as portas e se jogou na poltrona ao lado, ergueu a mão direita e notou que estava tremula, ergueu a esquerda e estava bem, ela precisa se acalmar.

John Constantine

Sentiu a mão de Clarisse na sua e olhou para ela quando ela tocava seu rosto.
Antes que pudesse dizer qualquer coisa ela o estava abraçando. Depois tinha que agradecer a Steven por manter Gem ocupada com coisas comuns de Natal ao invés daquilo que todos estavam conversando a minutos atrás.
-Não se preocupe, Clare. - ele sempre dava um jeito. Independente de como. ele sempre dava um jeito.
se separou do abraço aos poucos.
-Melhor ir ver a Bee. - ela não parecia nada bem quando saiu e aquela desculpa que ela deu não colava de verdade.

Beatrice Ives | 21 anos | Fotógrafa

Ficou um tempo quieta, deixando seus dedos brincarem com a lã da blusa, enquanto seguia com a cabeça recostada na poltrona e olhava fixamente para o teto, deixando o corpo relaxar ali.
Ela estava sentada, com as pernas cruzadas e os olhos fechados, os longos cachos caíam em cascada pelas costas, seu braço direito estava enfaixado e havia um corte leve na maçã do rosto. Dava para ver a lareira o fundo da minúscula sala do chalé, além dela a única ornamentação da sala era uma prateleira repleta de espadas, a sua frente estava o ancião sensitivo, que a observava de forma analítica.
_ Beatrice _ a chamou e ela abriu os olhos _ Vamos começar. Dessa vez será Dominic o seu adversário.
O garoto moreno sorridente se desencostou da parede, enquanto ela se colocava de pé e prendia o cabelo em um coque e colocava o men na cabeça, colocou o kote e a sua kataná, se posicionando.
_ Lembre-se de manter-se calma, seu humor, sentimentos, sensações e emoções intervem em seu desempenho, lembre-se controle _ disse o homem, antes do garoto que estava apenas com uma jeans e camiseta se aproximar com duas espadas em mãos. Em um piscar de olhos ele avançou e desferiu um golpe que ela defendeu com a espada, logo virando o corpo e escapando do golpe seguinte, Dom era rápido e seus golpes violentos, ele a ataca e ela dava o seu melhor para ser atravessada por suas espadas, o rapaz diminuiu o ritmo por alguns segundos e desaparece, literalmente da sua vista, no segundo seguinte ela recebia uma rasteira e caia no chão, ele girou a espada e apontou para baixo com o intuito de atravessá-la, a morena se agitou com aquela perspectiva, não queria morrer ali, não...Ela levantou o braço bruscamente numa tentativa de se defender e o rapaz fora atingido por uma força invisível que o lançou contra a parede do outro lado da sala.

John Constantine

–Fica de olho na princesinha. – falou lançando um olhar para onde Gem estava com Steven e ficando de pé –Eu vou ver como Bea está.
Deixou um beijo carinhoso na testa de Clarisse e se levantou indo para o quarto de Beatrice.
Seguia silencioso pelo corredor observando a decoração e vendo como a porta estava encostada. Bateu duas vezes com o nó dos dedos antes de empurrar a porta e abrir vendo Bea sentada na poltrona. Ela parecia não estar ali.
Andou até parar diante dela e esticou a mão cobrindo a dela que seguia um pouco trêmula.
–Hey Little Bee.. – a chamou –Não fique assim. Não vamos deixar que nada ruim aconteça com Steven ou com você. – falou apertando a mão dela –Você é quase minha irmãzinha, e vou proteger o tipo de vida que você quer levar. Te prometo isso. – falou antes de levar a outra mão até o rosto dela e afagar com cuidado –Acredite no velho Johnny, você e ele ainda vão casar e envelhecer e passar o resto da vida cercados de netos e contando pra eles como John Constantine era o cara mais incrível que vocês conheceram. – brincou tentando fazê-la rir um pouco.

Beatrice Ives | 21 anos | Fotógrafa

Arregalou os olhos com o que havia feito e logo se pôs de pé, indo as pressas até o rapaz que estava caído.
_ Dominic, me desculpa _ falou, tentando acordá-lo, mas o mesmo não abria os olhos, até que de repente um sorriso se formou no seu rosto e ele abriu os olhos.
_ Só se me dar um beijo, gracinha. _ disse ele que logo ria da expressão que ela fazia.
_ Beatrice _ chamou o sensitivo e ela virou-se para olhá-lo _ Você se exaltou, se ele fosse um humano qualquer poderia ter se ferido gravemente.
_ Eu sei.
_ Façam de novo, fará isso até aprender a domar a sua impulsividade e impaciência _ disse o velho em tom grave e ambos se levantaram e logo ouvia-se o som das espadas se chocando.
A morena piscou os olhos algumas vezes ao sentir uma mão sobre a sua e John parado ao seu lado, não havia notado a sua aproximação, ele afagou o seu rosto com a outra mão e disse para que ela não ficasse daquele jeito, que ele iria garantir que ambos ficassem bem. Ela riu baixo com o 'incrível'.
_ Voce é incrível tio, só não percebeu ainda _ disse com um meio sorriso, antes de tirar o cabelo do rosto com a outra mão _ Eu só que eu cometi um erro ou melhor outro erro, e esse custou caro e não sei se tem como concertar _ disso ele já sabia, enfim ela toda era um erro e não era de hoje que sabia disso. Ela olhou para a porta e depois olhou para ele.
_ Sabe tio eu queria ser normal, ter uma vida normal chata de universitária bolsista, e não uma pessoa que dorme com um arma debaixo da cama, mas não dá. E isso é um saco, não poder decidir o que fazer da própria vida _ ela acabou bagunçando mais o cabelo.
_ Mas agora temos que nos focar, vou falar com o Jake e com alguns amigos para ver se consigo descobrir algo que ajude a Gem e o Stell e você _ falou, apesar de que iria tentar não se meter tanto, ajudaria no que podia, mas se metesse demais, com certeza iria piorar a situação...Outra vez.
_ E você tio Johnny não se cobre tanto, agradeço muito por ter você, sabe que é minha família né? Por isso ao quero que tome tudo isso para si, vamos chutar o Rei juntos _ disse para ele, não tava animada, na verdade só queria se sufocar com alguma coisa, mas aquilo era verdade, ele era da sua família e importante demais para ela deixar que seus problemas recaíssem sobre ele, o ajudaria do jeito que ele merece, John era bom.

John Constantine

Ela dizia que ele era incrível, mas ele mesmo não levava tão a sério esse tipo de coisa, pois se conhecia, e sabia que na maior parte das vezes ele apenas ferra mais com as coisas do que as resolve. Mas dessa vez ia se esforçar. Faria isso por essa pequena peste que tinha como irmã, ela merecia que ele tentasse o seu melhor e um pouco mais.
–Você não cometeu erro algum. Fez o que qualquer um de nós teria feito naquela situação, não tinha como saber que estamos todos metidos em algo tão grande assim. – falou –E eu meio que desconfio que esbarrei nesse caso no começo do ano e não me dei conta do que estava acontecendo. Então sendo assim a culpa de tudo é minha que tive praticamente um ano e não fiz nada. Você está totalmente absolvida de qualquer tipo de culpa que possa sentir. – falou ainda afagando o rosto dela de forma carinhosa. Não gostava de pensar nela triste e se fechando em um quarto desse jeito. O deixa triste, e sabia que não era o único, pois Jake também ficava mal em vê-la assim.
Ouviu o desejo dela por uma vida normal.
–Eu sei que você queria, Little Bee. Eu sei. – ele seguia a confortando –Não se preocupe. Vamos dar um jeito de que você tenha um vida assim, mesmo com todo o conhecimento da existência sobrenatural. Se Theo consegue então o que te impediria de conseguir também, certo? – piscou pra ela –E se algo ameaçar sua vida tranquila e comum, basta me procurar, eu vou ser o guardião que manterá vocês a salva na normalidade. – prometeu piscando pra ela.
Ouviu sobre serem uma família.
–Sim, Bee, eu sei disso. Mas espero que você também não esqueça e não tente lidar com tudo sozinha. – ele a puxava e a fazia ficar de pé –Agora vamos, que amanhã é véspera de Natal e ainda temos que terminar de decorar seu apartamento. E você disse que faria biscoitos, e agora eu quero seus biscoitos. – sim, ele faria de tudo para evitar que ela ficasse se deprimindo no quarto.

Beatrice Ives | 21 anos | Fotógrafa

Escutou sobre ela não ter culpa, mas ele sim e a morena fez aquela expressão de que ia bater em alguém.
_ Você não tem culpa de nada tio, eu sei onde errei, uma hora eu supero _ ela esperava que sim, apesar de saber que não iria se perdoar se Steven se machucasse ainda mais por um falha sua. Sentia o afago dele e sorria, ele era muito gentil.
Ele disse que sabia que ela queria ter uma vida normal, e que achariam um jeito para aquilo dar certo como Theo, mas Theo era normal (nerd, nerd) e nunca se envolvia profundamente no caso ou entrava em campo, então não tinha um contato direto com tudo aquilo.
_ Tudo bem _ concordou, mas depois de tudo ela achava que jamais teria essa chance de normalidade _ E eu sei que eu posso ligar para meu cavaleiro de armadura brilhante, quando precisar _ brincou, e ele a levantou do sofá, encaminhando-a para fora do quarto.
Escutou sobre decorar o apartamento e fazer os biscoitos.
_ Tem razão tio, prometi para Gem e Steven um Natal de verdade e voces todos merecem também, será bom ter todos juntos _ falou e passou um braço ao redor dele, fazendo o mesmo que fez com Steven, jogando parte do peso para ele, ela ergueu o rosto para o maior _ Obrigado Johnny de verdade, você é ótimo. Vamos conseguir ajudar a Gem, prometo te ajudar o máximo que puder _ garantiu sincera.

John Constantine

A cara que ela fez pra ele fazia parecer que ela ia acertá-lo com alguma coisa se tivesse a chance.
Ele sabe que ela não gosta quando ele fala daquele jeito e assume a culpa por tudo que acontece, mas dessa vez ele não estava apenas fazendo isso. Era verdade. No começo do ano quando Gemma foi sequestrada ele começou a notar que havia algo estranho e mais organizado nas trevas do que de costume, mas preferiu não dar atenção pois tinha trabalho a fazer. Sempre tem trabalho a ser feito. E não tem como não pensar que se tivesse dado atenção no momento certo, agora as coisas não estariam tão ferradas. Mas ele sabe que ela não tem culpa, e que se Bea ficar se culpando ela só vai se sentir pior.
–Você não errou. Só é cabeça dura demais pra perceber isso. Nem tudo no mundo é sua culpa, e se você ficar agindo como se fosse pode acabar fazendo Steven pensar que você estaria melhor sem ele. É isso que quer? Porque eu até posso ser meio idiota as vezes, mas tenho certeza que o rapaz te ama e que não quer vê-la assim
John era um cara até bem sábio apesar de tudo.
Riu daquilo sobre cavaleiro de armadura e a ergueu jogando ela sobre seu ombro quando sentiu que a preguiçosa descansava o peso sobre ele e foi andando pra sala com ela no ombro como se a garota fosse um saco de batatas de cabelo bagunçado.
–Hora de começarmos as preparações para o Natal!

- Não se preocupe, o Teddy vai ficar muito bem - ele respondeu de volta para ela e meneou a cabeça. Como ela podia fazer tanto drama? Caron estava achando isso muito engraçado.

- Peter, é muito difícil imaginar essa garota com cara de criança como uma pervertida - falou encolhendo os ombros como se se desculpasse.

Ouviu o que Peter disse sobre ela parecer uma lolita corrompida e concordou com a cabeça.

- Tem razão - ele franziu os olhos para ela.

Escutou o comentário dela sobre "na época dela" ser normal ter essa altura. Ficou tentado a perguntar o que ela quisera dizer com isso, mas se limitou a trocar um olhar discreto com Peter. Tinha algo de muito estranho com essa garota, e não era só a altura dela.

Beatrice Ives | 21 anos | Fotógrafa

Revirou os olhos.
Se ela não tinha errado, como poderia explicar que ela destruiu a protetora de Steven e por isso ele foi tocado pelo Rei? O que explica isso?
E ela nem era do tipo que se culpava por tudo a não ser que estivesse envolvida e desse errado por uma falha sua...
_ Mas..._ ela iria dizer que era o contrário, que ele poderia ficar melhor sem a sua presença, ela não iria embora agora, precisava arrumar parte de sua bagunça e ter a certeza de que todos ficariam a salvos e depois...? Ela não sabia, talvez partisse ou ficasse, dependia do grau de estrago que faria até o momento.
Ele a jogou por cima do ombro e ela riu, enquanto adentravam na sala.
_ Vamos, vamos!Os enfeites estão na estante, e se o Jake não aparacer antes de terminarmos tudo..._ ela iria infernizá-lo para sempre, ele sabia que tinha que vim para decorar a árvore com ela, e agora com todos os outros.

John Constantine

Escutou ela rir e achou que era um som bem melhor do que ela se lamentando sozinha no quarto e se culpando por coisas que não haviam como ela controlar (estava até parecendo que ela era ele). Atravessavam a sala quando viu Gemma coberta de farinha e com massa de biscoito crua grudada nos dedos, e aparentemente ela conseguiu deixar Steven em um estado não muito diferente. Qualquer dia teria que perguntar o que houve ali.
A pequena correu até ele dizendo que queria ser carregada também e estendendo os braços cheios de farinha pra ele e praticamente se pendurando no pescoço dele. O loiro até parecia um porta casacos carregando aquelas duas daquele jeito.
–Vou começar a cobrar por essas caronas. – falou quase não aguentando com o peso e não demorando para cair com elas meio atravessadas por cima deles –Soldado ferido! Soldado ferido aqui. Agora não posso ajudar com mais nada, apenas esperar pela hora de comer. – ele fazia drama, o que resultava em Gem rindo e num Steven que dessa vez ao invés de fotografar estava gravando.

Sentiu ele puxá-la para si em um abraço e o envolveu, sentindo os braços dele passarem ao redor do próprio corpo. Descansou o rosto no peito dele e fechou os olhos, deixando que seus sentidos tomassem conta do momento. Podia sentir o calor que emanava dele e fazia-a se arrepiar contra a brisa fria em contraste, o cheiro de couro e algo a mais que ela não conseguia identificar exatamente.

Ela realmente poderia se acostumar com isso, ficar nos braços dele. Sentir-se segura e protegida o suficiente para esquecer o mundo ao redor.

Escutou o que ele falou e pensou por um segundo antes de responder. Não era muito diferente do que ela estivera pensando ainda há pouco.

- Eu sempre acreditei que não existe... uma força divina ou qualquer outra coisa que ditasse o nosso destino. Mas eu também sempre acreditei que tudo acontece por um motivo - ela falou com delicadeza. - Nós fazemos nossas escolhas e decidimos nossas ações e mesmo sem achar que isso seja pré-destinado, eu creio que tem uma razão para isso - deixou um suspiro escapar. - Isso é um pouco contraditório, talvez, mas... acho que... é muito mais fácil acreditar nisso, sabe? É mais reconfortante pensar que nada foi em vão - ela mexeu minimamente a cabeça em seu peito, se aninhando nele. - Eu sinto isso também - um sorriso um pouco triste se formou em seu rosto, mesmo que ele não pudesse vê-lo.

Clarisse Silveri | 23 anos | Agente

Terminava de raspar o chocolate na bancada, enquanto Gem e Steven transformavam a massa de biscoitos em alguma coisa suspeita. Ergueu os olhos vendo John carregando Bea no ombro e vendo Gem ir até ele e se pendurar no seu pescoço o resultado foi os três caírem, ela pegou o celular do bolso da calça e tirou uma foto.



Beatrice Ives | 21 anos | Fotógrafa

Ela estava de cabeça para baixo e olhava entre a fresta do braço de John e o seu tronco, vendo os três na cozinha. Logo a loirinha corria até eles e se pendurava em John.
_ Vai cobrar nada, para as sobrinhas é de graça _ disse com uma expressão hilária e com aquela impressão de que aquilo não iria dar certo, segundo depois John caiu e ela ergueu o tronco antes que desse de cara no chão, não demorou muito para escutar o seu riso, enquanto estava caída meio atravessada sobre ele e escutando o drama.
_ Olha, olha tio estou de olho em você, não vai escapar tão fácil _ disse entre risos.



Jake Ives | 32 anos |Agente

_ Tem razão, fundamental não. Está mais para pré escola _ provocou.
O celular vibrou e ele o tirou do bolso, vendo uma mensagem de Bea na caixa postal, checou ali mesmo, ela o lembrava da decoração.
_ Esqueci que hoje é o dia de montar a árvore_ comentou, guardando o aparelho.
_ Mas ela estava me assediando com o pé Caron _ falou, quando ele disse que ela não tinha cara de pervertida.
_ É altura de uma anã _ respondeu, como se não tivesse notado sobre a 'época'.
_ Claro que parece e amor, eu nunca disse que era um santo.

Theodore O’Callaghan

Sentia Jemma corresponder aquele abraço e se permitia aquele momento de felicidade com ela. Um momento livre de culpa, livre de complicações e de qualquer outra coisa que normalmente enchia sua cabeça com problemas que apenas serviam para lhe dar enxaquecas, e se permitia simplesmente estar com ela.
Era bom.
Ela lhe fazia bem de uma forma que ele não sabia como explicar e que talvez ela nem mesmo tivesse ideia. Mas fazia. E ele era grato por isso... Pela chance de tê-la entre seus braços dessa forma. E se tiver a chance a faria se sentir da mesma forma que ela lhe faz.
Assentiu um pouco ao escutá-la.
Ele era capaz de ouvir o sorriso triste na voz dela.
Não gostava daquele tom... De imaginá-la, ainda que apenas um pouco, triste.
–Eu queria que você fosse capaz de sentir ao menos parte do que é capaz de me fazer sentir.. – falou –É a mesma sensação de estar no topo do penhasco Moher. Uma mistura de excitação, felicidade, vastidão... Como se eu pudesse fazer qualquer coisa. – falou e riu sem graça –E sim, eu sei que as vezes sou um idiota. – disse com um encolher de ombros –Mas me dê um desconto, pois sou um idiota apaixonado. – brincou.

Ouviu o que ele falou e soltou um riso baixo, mas não pôde deixar de ficar um pouco mal com o que ele dissera. Pelo visto ela estava falhando miseravelmente em mostrar como ele a fazia se sentir. Sentia como se estivesse acima das nuvens em um dia nublado, onde a vastidão branca separava o cinzento do sol brilhante que não era possível ver de baixo. Jemma estivera tempo demais sob um dia cinza que havia se esquecido que o sol brilhava confiante e fiel lá em cima.

Ela não era muito boa com palavras, nunca tinha sido e provavelmente nunca seria, e doía pensar que ele não fazia ideia de como ele a fazia se sentir.

Escutou a descrição de como ele estava se sentindo e sorriu de verdade dessa vez. Fez o seu melhor para imaginar a sensação. Ergueu a cabeça para o olhar.

- Você não é um idiota - falou ainda com o sorriso. - Se for, eu sou tanto quanto você. Idiota e apaixonada.

Era meio difícil fazer essa pequena "confissão" em voz alta, por mais boba que fosse, mas Jemma superou a timidez e falou mesmo assim. Confiava nele.